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Joias da Alma
- Repositorio das cousas que falam ao coração -
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T R O V
A S
Quando tiveres u’a mágua qualquer,
Esconde-a, para que ninguém a perceba,
Porque a humanidade, sádica, cruel,
Sentirá prazer com a tua dôr.
Sentirá prazer com a tua dôr.
Quantas vezes tenho visto afluir a um lar,
Onde a morte arrebatou alguém,
Um aluvião de gente curiosa e má,
A quem aquela agonia serve apenas de crítica e riso.
Clama a Deus, aos céus, aos santos, Chora,
Que as lágrimas sempre desafogam a alma da gente.
Mas faze-o às ocultas, Que ninguém te veja.
É sempre mentirosa a piedade alheia.
Afivela ao rosto a máscara da alegria,
Porque o mundo não gosta dos desgraçados.
E mesmo tendo o coração sangrado,
Sorri, para que não zombem de sua dôr.
REGINA
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Extraído de O VERBO ( 4ª fase), nº 24, de 28/12/1952, p 4 –Recreio,MG, in Joias
da Alma, autor: Regina.
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